O ressentimento também chamado de (rancor), é um sentimento que surge como resposta emocional diante do que percebemos como ofensa. Ele permanece em nosso interior como um veneno que se ativa cada vez mais, pois revivemos tal sentimento negativo constantemente. Por isso, também é chamado de “Ferrugem da alma”.
No entanto, algumas práticas podem servir como remédio a esse
sentimento. A saber:
Autoconhecimento:
precisamos nos conhecer, pois existem temperamentos que se
prestam a guardar lembranças e sentimentos, o que é bom, quando não
forem negativos nem nos afetarem tanto. Sendo assim, resta sempre o
recurso da autoanálise. Trata-se de não querer experimentar
novamente as emoções negativas durante o transcurso do tempo.
Reflexão:
ainda que real, a ofensa pode ser exagerada por nós. Por isso,
devemos transpor a primeira barreira a esses sentimentos sendo
objetivos, não nos deixando levar por um sentimento negativo que, de
cara, não controlamos racionalmente.
Controlar a imaginação: a imaginação tem seus encantos e vantagens, mas é preciso controla-la pela inteligência e pela vontade, para que se aplique as realidades positivas. Quando a deixemos ‘sem rédeas’, ela pode nos levar a enxergar as coisas de maneira distorcida, e assim provocar rancor gratuito, infundado.
Compreensão:
ao analisar as ofensas recebidas, sendo elas reais e em sua
dimensão, devemos também fazer um esforço para compreender o jeito
de ser do ofensor e descobrir os atenuantes da sua forma de proceder.
Assim, nossa reação negativa não apenas enfraquecerá, mas poderá
até mesmo desaparecer.
Supera
as não realizações: ao não alcançarmos o que gostamos ou
aquilo a que nos propomos, o animo influencia o entendimento e pode
diminuir o valor daquilo que vem pela frente, preferindo viver no
perigo do passado, ainda que nele se encontre latente o
ressentimento. Um bom presente apaga todo mau passado. Comece novos
estudos, pratique um novo esporte, faça novos amigos etc...
Fortaleça a própria personalidade, aceitando desafios que exijam
superação pessoal.
Aprenda
a ser Feliz: diante das provações, não fique sem metas,
nem deixe que os fatos sejam apenas fontes de frustrações e
amargura Enxergue neles a amabilíssima vontade de Deus.
Tenha
clara suas metas e missão de vida: valorize as capacidades
e qualidades pessoais , limitações e defeitos, em um projeto que dê
sentido à existência e que coincida com o plano de Deus sobre nós.
Por
fim o PERDÂO: Descupar não é o mesmo que perdoar .
Pedimos desculpas quando o ato não foi verdadeiramente intencional
ou propriamente pessoal, como quando acidentalmente quebramos o vaso
de flores do nosso anfitrião. Quando, pelo contrario, o ato foi
livre e conscientemente agressivo, já não se trata de pedir
desculpas, mas perdão.
Desculpamos
o inocente e perdoamos o culpado. Portanto, é mais fácil desculpar
que perdoar, e o perdão pode, em certos casos, ser extremamente
difícil ou humanamente quase que inconcebível. Nesses casos
precisamos reconhecer que o perdão já não é um sentimento, mas um
ato da vontade no qual se busca aderir ao plano de Deus. É assim que
as exigências do amor de Deus entre as pessoas superam a capacidade
humana. Jesus nos convida a uma meta que não tem limites, pois só a
partir disso podemos alcançar o que ele nós pede “sejam
misericordiosos como seu pai celeste é misericordioso”. A
vocação ao amor pelo perdão marca a liberdade dos filhos de Deus.
Jesus
Cristo o pedagogo da vida, nos ensina a rezar e pedir confiante e
insistentemente que esta graça nos seja concedida:” Perdoai as
nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Padre
Chagas , vigário paroquial da paroquia são Pedro em Parambu Ce.
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