PALAVRA DO SACERDOTE: Perdão... O remédio contra o ressentimento ou rancor








O ressentimento também chamado de (rancor), é um sentimento que surge como resposta emocional diante do que percebemos como ofensa. Ele permanece em nosso interior como um veneno que se ativa cada vez mais, pois revivemos tal sentimento negativo constantemente. Por isso, também é chamado de “Ferrugem da alma”.
No entanto, algumas práticas podem servir como remédio a esse sentimento. A saber:

Autoconhecimento: precisamos nos conhecer, pois existem temperamentos que se prestam a guardar lembranças e sentimentos, o que é bom, quando não forem negativos nem nos afetarem tanto. Sendo assim, resta sempre o recurso da autoanálise. Trata-se de não querer experimentar novamente as emoções negativas durante o transcurso do tempo.




Reflexão: ainda que real, a ofensa pode ser exagerada por nós. Por isso, devemos transpor a primeira barreira a esses sentimentos sendo objetivos, não nos deixando levar por um sentimento negativo que, de cara, não controlamos racionalmente.



 
Controlar a imaginação: a imaginação tem seus encantos e vantagens, mas é preciso controla-la pela inteligência e pela vontade, para que se aplique as realidades positivas. Quando a deixemos ‘sem rédeas’, ela pode nos levar a enxergar as coisas de maneira distorcida, e assim provocar rancor gratuito, infundado. 



Compreensão: ao analisar as ofensas recebidas, sendo elas reais e em sua dimensão, devemos também fazer um esforço para compreender o jeito de ser do ofensor e descobrir os atenuantes da sua forma de proceder. Assim, nossa reação negativa não apenas enfraquecerá, mas poderá até mesmo desaparecer.

Supera as não realizações: ao não alcançarmos o que gostamos ou aquilo a que nos propomos, o animo influencia o entendimento e pode diminuir o valor daquilo que vem pela frente, preferindo viver no perigo do passado, ainda que nele se encontre latente o ressentimento. Um bom presente apaga todo mau passado. Comece novos estudos, pratique um novo esporte, faça novos amigos etc... Fortaleça a própria personalidade, aceitando desafios que exijam superação pessoal.



Aprenda a ser Feliz: diante das provações, não fique sem metas, nem deixe que os fatos sejam apenas fontes de frustrações e amargura Enxergue neles a amabilíssima vontade de Deus.




Tenha clara suas metas e missão de vida: valorize as capacidades e qualidades pessoais , limitações e defeitos, em um projeto que dê sentido à existência e que coincida com o plano de Deus sobre nós.



Por fim o PERDÂO: Descupar não é o mesmo que perdoar . Pedimos desculpas quando o ato não foi verdadeiramente intencional ou propriamente pessoal, como quando acidentalmente quebramos o vaso de flores do nosso anfitrião. Quando, pelo contrario, o ato foi livre e conscientemente agressivo, já não se trata de pedir desculpas, mas perdão.
Desculpamos o inocente e perdoamos o culpado. Portanto, é mais fácil desculpar que perdoar, e o perdão pode, em certos casos, ser extremamente difícil ou humanamente quase que inconcebível. Nesses casos precisamos reconhecer que o perdão já não é um sentimento, mas um ato da vontade no qual se busca aderir ao plano de Deus. É assim que as exigências do amor de Deus entre as pessoas superam a capacidade humana. Jesus nos convida a uma meta que não tem limites, pois só a partir disso podemos alcançar o que ele nós pede “sejam misericordiosos como seu pai celeste é misericordioso”. A vocação ao amor pelo perdão marca a liberdade dos filhos de Deus.
Jesus Cristo o pedagogo da vida, nos ensina a rezar e pedir confiante e insistentemente que esta graça nos seja concedida:” Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.


Padre Chagas , vigário paroquial da paroquia são Pedro em Parambu Ce.



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