Que coisa terrível seria uma pessoa, por causa dos seus
graves pecados, ser condenado às penas eternas, onde os pecadores são
castigados com o afastamento de Deus, para o qual foram criados, e sofrem sem o alívio da presença de Deus.
Ele, porém,
sumamente misericordioso, não deseja para o pecador esse destino: “Terei Eu
prazer com a morte do ímpio? – diz o Senhor. – Não desejo, antes que ele se
converta e viva?” ( EZ 18,23). Deus quer nos perdoar, e para isso estabelece
esta condição: a confissão de nossos pecados a um sacerdote seus ministros.
A Confissão
é um dos mais palpáveis sinais da bondade de Deus. Gravemente ofendido por
aqueles que pecam mortalmente, Ele tem poder para condenar mas ele sempre quer
salva o pecador, e pode aplicar apenas sua justiça. Deixou-nos, entretanto este
sacramento por meio do qual perdoa o penitente todos os pecados, por mais
graves e numerosos que sejam.
É bastante
conhecido o episódio da primeira aparição do Divino Mestre a seus discípulos,
após a Ressureição. Com medo de serem, também eles, perseguidos e condenados,
estavam reunidos numa sala com as portas fechadas, quando de repente
apareceu-lhes Jesus. Soprando sobre eles, disse nosso Redentor: “Recebei o
Espirito Santo. Áqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados;
àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20-23). Estava
instituído o sacramento da Confissão!
Assim, desde
os primórdios da Igreja os fiéis procuram os Apóstolos para confessar-lhes suas
faltas, e receber deles a absolvição. Esse poder de perdoar, dado por Cristo à
sua Igreja, é conferido aos presbíteros através do sacramento da ordem. E é
assim que foi passando de geração em geração através dos séculos até os nossos
dias.
Claro esta
que Deus poderia perdoar os pecados de outra maneira, mas expressou claramente
sua vontade de fazê-lo através de um sacerdote no sacramento da Reconciliação:
“ Em verdade vos digo: tudo o que
ligardes sobre a terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a
Terra será também desligado no céu” ( Mt 18, 18), disse Jesus aos
Apóstolos.
Como nos
beneficiarmos desse Sacramento?
Deus
sumamente misericordioso é também justo. Ele quer que, para utilizarmos bem
esse maravilhoso recurso, nos submetamos a algumas condições sem as quais a
confissão não só de nada nos serviria, mas se tornaria nocivo para a alma.
Quais são
esses requisitos? Sintetizando, a Igreja nos ensina que cinco coisas são
imprescindíveis para uma boa confissão: fazer um bom exame de consciência, ter
dor dos pecados, fazer o próposito de não mais cometê-los, confessá-los e
cumprir a penitencia imposta pelo confessor, e não, mas retornar ao pecado.
Padre Chagas , Vigário Paroquial da paróquia São Pedro em
Parambú. Ce.
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