PALAVRA DO SACERDOTE

Neste espaço você irá deparar-se com abordagens de diversos assuntos ligados à nossa Igreja, à vida cristã e ainda respostas de muitas de suas dúvidas e inquietudes.

Pe. Chagas de maneira clara e sucinta disponibiliza através do blog uma catequese virtual, que muito tem a colaborar com a nossa vida espiritual e o nosso conhecimento cristão.


Confira as publicações abaixo ou clique nos links a seguir:


06/01/2016 - Bispo Dom Ailton envia um convite todo especial aos parambuenses neste Ano da Misericórdia



15/12/2015 - Fazendo-se Homem, JESUS sujeitou-se às mesmas provações que nós, menos o pecado.




08/12/2015 - SEGUNDA UNIÃO: 

DESAFIO EVANGELIZADOR DA FAMÍLIA ATUAL.

19/11/2015 - A Oração que Jesus nos Ensinou: 

A MÁXIMA ORAÇÃO




14/11/2015 - SANTO MATRIMÔNIO: 

Está havendo indissolubilidade? Eis a questão...


29/10/2015 - Decisão De Servir Ao Senhor:

 Um Momento De Crise Ocasião De Crescimento!



22/10/2015 - Como posso alcançar o Céu?

14/10/2015 - SANTA MISSA POR EXCELÊNCIA



06/10/2015 O QUE SIGNIFICA O ANO LITÚRGICO DA SANTA IGREJA CATOLICA APOSTÓLICA ROMANA?


08/09/2015 - Dia 13 temos um encontro com MARIA, 

Fonte de amizade perfeita.


03/09/2015 - Perdão... O remédio contra o ressentimento ou rancor




26/08/2015 - ESPIRITUALIDADE que brota da MATURIDADE

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Perdão... O remédio contra o ressentimento ou rancor









O ressentimento também chamado de (rancor), é um sentimento que surge como resposta emocional diante do que percebemos como ofensa. Ele permanece em nosso interior como um veneno que se ativa cada vez mais, pois revivemos tal sentimento negativo constantemente. Por isso, também é chamado de “Ferrugem da alma”.
No entanto, algumas práticas podem servir como remédio a esse sentimento. A saber:

Autoconhecimento: precisamos nos conhecer, pois existem temperamentos que se prestam a guardar lembranças e sentimentos, o que é bom, quando não forem negativos nem nos afetarem tanto. Sendo assim, resta sempre o recurso da autoanálise. Trata-se de não querer experimentar novamente as emoções negativas durante o transcurso do tempo.




Reflexão: ainda que real, a ofensa pode ser exagerada por nós. Por isso, devemos transpor a primeira barreira a esses sentimentos sendo objetivos, não nos deixando levar por um sentimento negativo que, de cara, não controlamos racionalmente.



 
Controlar a imaginação: a imaginação tem seus encantos e vantagens, mas é preciso controla-la pela inteligência e pela vontade, para que se aplique as realidades positivas. Quando a deixemos ‘sem rédeas’, ela pode nos levar a enxergar as coisas de maneira distorcida, e assim provocar rancor gratuito, infundado. 



Compreensão: ao analisar as ofensas recebidas, sendo elas reais e em sua dimensão, devemos também fazer um esforço para compreender o jeito de ser do ofensor e descobrir os atenuantes da sua forma de proceder. Assim, nossa reação negativa não apenas enfraquecerá, mas poderá até mesmo desaparecer.

Supera as não realizações: ao não alcançarmos o que gostamos ou aquilo a que nos propomos, o animo influencia o entendimento e pode diminuir o valor daquilo que vem pela frente, preferindo viver no perigo do passado, ainda que nele se encontre latente o ressentimento. Um bom presente apaga todo mau passado. Comece novos estudos, pratique um novo esporte, faça novos amigos etc... Fortaleça a própria personalidade, aceitando desafios que exijam superação pessoal.



Aprenda a ser Feliz: diante das provações, não fique sem metas, nem deixe que os fatos sejam apenas fontes de frustrações e amargura Enxergue neles a amabilíssima vontade de Deus.




Tenha clara suas metas e missão de vida: valorize as capacidades e qualidades pessoais , limitações e defeitos, em um projeto que dê sentido à existência e que coincida com o plano de Deus sobre nós.



Por fim o PERDÂO: Descupar não é o mesmo que perdoar .  Pedimos desculpas quando o ato não foi verdadeiramente intencional ou propriamente pessoal, como quando acidentalmente quebramos o vaso de flores do nosso anfitrião. Quando, pelo contrario, o ato foi livre e conscientemente agressivo, já não se trata de pedir desculpas, mas perdão.
Desculpamos o inocente e perdoamos o culpado. Portanto, é mais fácil desculpar que perdoar, e o perdão pode, em certos casos, ser extremamente difícil ou humanamente quase que inconcebível. Nesses casos precisamos reconhecer que o perdão já não é um sentimento, mas um ato da vontade no qual se busca aderir ao plano de Deus. É assim que as exigências do amor de Deus entre as pessoas superam a capacidade humana. Jesus nos convida a uma meta que não tem limites, pois só a partir disso podemos alcançar o que ele nós pede “sejam misericordiosos como seu pai celeste é misericordioso”. A vocação ao amor pelo perdão marca a liberdade dos filhos de Deus.
Jesus Cristo o pedagogo da vida, nos ensina a rezar e pedir confiante e insistentemente que esta graça nos seja concedida:” Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.


Padre Chagas , vigário paroquial da paroquia são Pedro em Parambu Ce.

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ESPIRITUALIDADE que brota da MATURIDADE



Sempre que entro na Igreja e vejo aquelas piedosas senhoras e não raras vezes jovens, com rosário nas mãos diante do santíssimo Sacramento em profundo e absolutosilencia e quase num êxtase de contemplação, penso comigo mesmo, eis ai uma alma madura na fé, porque não só “reza “mas sim conversa com o Senhor sacramentado ,não se ouve palavras mas se percebe a intimidade e interatividade do diálogo.

Dizer que esta pessoa esta rezando não faz jus ao que de fato acontece: ela comtempla. Grau máximo da proximidade com Deus. Quando comtemplamos, o nosso redor silencia: o nosso foco é um, somente. Na contemplação, não são necessária palavras: há uma intima relação do Amado com o amante. É a certeza de que Ele já sabe tudo de mim, por isso palavras podem ser vans.

Nem prece, nem súplica, nem arrependimento; existe somente o olhar de cumplicidade. Dialogo? Sim! Não com verbos, mas com a alma.

Durante as diversas etapas da vida, nossas orações são marcadas por falas excessivas. Queremos que Deus entenda perfeitamente por meio de palavras o que estamos vivendo, para que assim ele possa nos ajudar como nos convém. Mais que oração, o que fazemos são discursos.             Porém, Deus não precisa de discursos. E outros momentos, durante grande parte de nossa vida, a oração que brota de nossos lábios é de questionamentos a Deus. Por que aconteceu isso ? Onde o Senhor estava quando eu mais precisava? Embora nosso intuito seja a oração, nós colocamos Deus no banco dos réus.
           
O nosso entendimento é muito limitado. Vemos o problema, mas não conseguimos enxergar além dele. Deus tem a História nas mãos; nós temos apenas fragmentos dela. Por isso, ficamos revoltados como crianças birentas.

Quando chegamos á maturidadeespritual, temos um maior conhecimento de Deus. A vida nos ensina que o nosso tempo é finito, que não vale a pena perder energia com superficialidades. Aprendemos que Deus está no controle; tudo é providência dele.
            
A Sagrada Escritura nos diz que “nem um só fio de cabelo cairá de nossa cabeça sem o consentimento de Deus”. Na maturidade de nossa fé, nosso horizonte se expande. Ainda não temos a visão total da história, mas conseguimos ver nossa trajetória de vida, e uma só frase brota do coração: “ TUDO È TEU SENHOR”. “Eu só todo Teu, faz em mim segundo a tua vontade”!

Na contemplação, eu o conheço e Ele me conhece. Amamo-nos em Espírito e Verdade absoluta.



Pe. Chagas, Vigário paroquial da Paroquia São Pedro em Parambu Ce.


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QUAL O MODO MAIS ADEQUADO DE RECEBER A COMUNHÃO:

 EM PÉ OU AJOELHADO?



















Esta pergunta me é frequente por fiéis devotamente consciente de quão grande é o sublime momento da santa comunhão, acho conveniente portanto esclarecer a nosso leitores que: Não há uma regra específica sobre o modo exterior de como um fiel deve receber a Sagrada Comunhão. Sabemos que antes do concílio Vaticano II ( concílio é a reunião de todos os representantes do episcopado do mundo, reunião esta convocada e somente pode ser convocada pelo santo Padre o Papa , para tratar de assuntos específicos da Santa Igreja Católica), era comum receber a Hóstia Sagrada ajoelhados e diretamente na boca, na “mesa da comunhão”, conhecida também como “comungatório”, uma barreira de separação entre o presbitério e a assembleia. Algumas Igrejas conservam essa estrutura, mas são poucas aquelas que utilizam a “mesa de comunhão” para distribuição da eucaristia.

A preocupação da Igreja está mais voltada para disposições interiores para uma boa recepção do Corpo e Sangue de Cristo. Logicamente, o nosso modo de agir deve dar testemunho de nossa fé, dos valores cristãos que regem a nossa vida. Porem, não é o modo exterior que indica se estou bem preparado para receber o sublime sacramento, pois Deus vê o coração.
Os fiéis não podem ser impedidos quando à escolha da melhor forma que consideram para receber o sacramento. Se o fiel considera mais apropriado receber de joelhos, em pé, na mão ou diretamente na boca, é uma decisão dele, e os padres e os ministros extraordinários da eucaristia não podem recusar. Porém, não se pode determinar que o meu modo de pensar e agir seja regra para outros: o que prevalece é o respeito, a reverência que devemos fazer ao Santíssimo Sacramento e procurar, em nosso dia a dia, ter um comportamento eucarístico, ou seja, um comportamento de agradecimento pela ação de Deus em nossa vida.
A Eucaristia não é apenas um símbolo de nossa fé; ela é o próprio corpo e sangue de Cristo. Por meio dela, nós nos encontramos de modo mais sublime com o Senhor, verdadeiro Homem e verdadeiro Deus, verdadeira comida e verdadeira bebida, alimento imperecível que nos leva à vida eterna.
Nossa postura exterior é importante, mas nossa disposição interior e nossas intenções é que prevalecem diante de Deus. Se podemos e preferimos ajoelhar, é coisa boa e justo, mas se não temos esse costume ou não podemos nos ajoelhar, isso não deve ser razão para considerar um mais digno do que o outro; são apenas expressões exteriores que têm seu valor, mas não determinam necessariamente o grau de espiritualidade e santidade de alguém .


Pe. Chagas, Vigário paroquial da paroquia São Pedro em Parambu. Ce.
11/08/2015


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VOCAÇÃO E MISSÃO
    “Chamou os que ele quis, e foram a ele (Marcos 3,13 )


     

Em agosto, celebramos o mês das vocações, mas o que significa o termo “vocação” ?

Significa chamado, convocação.


O mês de agosto, mês das vocações, é, portanto, um tempo de reflexão sobre o chamado de Deus a alguém em especial. Precisamos estar atentos, pois o senhor nos chama a cada momento e espera nossa resposta.


O primeiro chamado é para fazermos uma experiência pessoal com o Senhor, e permitir que Ele transforme nossa vida. Depois somos enviados para os mais variados ministérios, sejam eles sacerdotal, religioso, matrimonial ou profissional.


A vocação é uma convocação feita por Deus a alguém que ele confia uma MISSÃO; a Igreja é missionária por natureza, ou seja, na essência de nossa instituição ( humana e sagrada), está o envio, a missão. Embora tenhamos consciência dessa verdade, corremos o risco de desejarmos uma Igreja sem sobressaltos, estável. A missão exige o desinstalar-se. Ir, estar e atuar não somente onde desejamos, mas onde o Senhor nos quer. Para que a missão aconteça, é fundamental a disponibilidade. Ser missionário não é somente vencer a barreira geográfica, mas se renovar de forma constante, abrindo as janelas da alma e respirando um novo ar que provém do Espírito Santo.


A igreja é formada por pessoas. Se não damos espaço para que o Espírito Santo renove em nós e, através de nós a face da terra, então não podemos exigir uma sociedade nova. Deixar-se moldar pelo Espírito é o primeiro passo para atuar missionariamente, a transformação da sociedade será consequência.


Como nos exorta o Santo Padre o Papa Francisco, a Igreja precisa sair da sacristia. Temos que romper os egoísmos particulares, temos que ser Igreja com nosso testemunho no lugar ou nos lugares por onde circulamos”, Esta é certamente nossa vocação especifica, jovem tenha coragem de dizer SIM! Ao chamado que Deus te faz no HOJE de tua história.


Padre Chagas, Vigário paroquial da Paroquia São Pedro em Parambu Ce.

(07/08/2015)





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SANTA CONFISSÃO: DEUS PERDOA ATRAVÉS DO SACERDOTE 


Que coisa terrível seria uma pessoa, por causa dos seus graves pecados, ser condenado às penas eternas, onde os pecadores são castigados com o afastamento de Deus, para o qual foram criados, e sofrem sem o alívio da presença de Deus.
Ele, porém, sumamente misericordioso, não deseja para o pecador esse destino: “Terei Eu prazer com a morte do ímpio? – diz o Senhor. – Não desejo, antes que ele se converta e viva?” ( EZ 18,23). Deus quer nos perdoar, e para isso estabelece esta condição: a confissão de nossos pecados a um sacerdote seus ministros.

A Confissão é um dos mais palpáveis sinais da bondade de Deus. Gravemente ofendido por aqueles que pecam mortalmente, Ele tem poder para condenar mas ele sempre quer salva o pecador, e pode aplicar apenas sua justiça. Deixou-nos, entretanto este sacramento por meio do qual perdoa o penitente todos os pecados, por mais graves e numerosos que sejam.


É bastante conhecido o episódio da primeira aparição do Divino Mestre a seus discípulos, após a Ressurreição. Com medo de serem, também eles, perseguidos e condenados, estavam reunidos numa sala com as portas fechadas, quando de repente apareceu-lhes Jesus. Soprando sobre eles, disse nosso Redentor: “Recebei o Espirito Santo. Áqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20-23). Estava instituído o sacramento da Confissão!

Assim, desde os primórdios da Igreja os fiéis procuram os Apóstolos para confessar-lhes suas faltas, e receber deles a absolvição. Esse poder de perdoar, dado por Cristo à sua Igreja, é conferido aos presbíteros através do sacramento da ordem. E é assim que foi passando de geração em geração através dos séculos até os nossos dias.

Claro esta que Deus poderia perdoar os pecados de outra maneira, mas expressou claramente sua vontade de fazê-lo através de um sacerdote no sacramento da Reconciliação: “Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra será também desligado no céu”( Mt 18, 18), disse Jesus aos Apóstolos.

Como nos beneficiarmos desse Sacramento?

Deus sumamente misericordioso é também justo. Ele quer que, para utilizarmos bem esse maravilhoso recurso, nos submetamos a algumas condições sem as quais a confissão não só de nada nos serviria, mas se tornaria nocivo para a alma.

Quais são esses requisitos? Sintetizando, a Igreja nos ensina que cinco coisas são imprescindíveis para uma boa confissão: fazer um bom exame de consciência, ter dor dos pecados, fazer o propósito de não mais cometê-los, confessá-los e cumprir a penitencia imposta pelo confessor, e não, mas retornar ao pecado.

Padre Chagas , Vigário Paroquial da paróquia São Pedro em Parambu. Ce. (27/07/2015)




           

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